domingo, 19 de outubro de 2008

Valsa de um só – parte 4

Não vejo mais a poesia
Derradeiro breve tornado eterno
Fez-se o fim da valsa.
O rosto pintado da donzela
não encontro
Estava de costas
em direção a porta
Sem dizer adeus.

O que era o silêncio além do que sou?

No salão
Eu
rodeado pelo vazio
Combalido pela nova campanha.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Valsa de um só - parte 3

Ela que me fez ver a composição completa da valsa
Eu que fiz o sentimento sujo digno de um verso
Eu que a sinto colada em meu dorso

Aconchego

Aos meus olhos a redoma do salão
Que deteriora-se no espanto
De quem não vinha
E agora governa o que outrora fora nada.

Ganho o som a embalar o movimento
Tenho-a no embaraço de repente rompido
Somos o espetáculo sob nossa regência.