terça-feira, 8 de julho de 2008

Adeus: em quatro atos

I.

Coisas da vida
Tais não sabem explicar.

Devido ao sentido divino
São únicas
Ao arregaçarem um sentimento
Que somente elas podem tocar.


II.

Eu te busco em meio ao jardim
Não sei histórias a contar para dormires
Ao meu lado bem
Não és de ninguém, unicamente minha.


III.

Por fim
acordo só
Em lá menor
faço covardia
Mascaro a noite
intrépida
Uma lembrança
vazia.


IV.

Terra molhada
Sinto o cheiro da volta
Do meu aguaceiro
Tão desgovernado.

Eu te ganho em aposta
Sou o seu pecado
Ilumino a noite
Com olhar desconfiado.

O que me resta é saber aonde vais
Tenho o que me agrada
Na lembrança
Um leva e trás.

Eu a imagino só
Tão moribunda a nós
E fico astuto
Com sentimento arregaçado.