quinta-feira, 19 de junho de 2008

No ônibus

Não me vejo
no reflexo
No vidro
Espelho coletivo.

Contemplo cabeças
a espera
Da passagem
de mais um
Alento
do movimento.

Envolto a iguais
Não
os comprimento
Ouço
seus lamentos.

Cheiro
pinche molhado
Por fim
me enxergo
Fechei a janela
Os céus tombaram.

6 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

t é uma autarquia um caminhao carrgado de tijolo , um ventilador ligado no 3

Carolzita disse...

Etcha que poeta é fogo mesmo!!
Até no ônibus!!
Adorei!
xero malandro=**

P.S: quando eu tô nesse ônibus, não dah pra você ouvir seus axiomas Spinoza... soh dah pra ouvir a minha voz... que não cala... nunca... hehehe...

Filho de Vencedor disse...

No ônibus, eu escuto o silêncio do barulho das pessoas. É tão incômodo o silêncio, que em muitos casos chega a incomodar os meu tímpanos...ai,ai poeta que ta começando a ser lido...


xxxx
Adorei o cheirinho de piche =)

XIII ECEEF disse...

Eis que no fim do dia
dentro de um mesmo ônibus
no meio de operários,
manicures, estudantes,
desempregados e 'gente'
há um poeta.

O cansaço da rotina acorrenta
as pessoas à rotina.
Mas o poeta, com seus versos sutis, modela a rotina a sua vontade.

Ele vê além do vidro embaçado,
além de camisas suadas ou catracas,
além até do próprio ônibus.

Poesia não é o que o poeta faz,
é o que o poeta é.
E sendo assim, um sem fim de palavras enfileiradas no ar,
o poeta é livre.

Unknown disse...

Não sabia de seus dotes mais supremos.....adorei....
se depender de mim, vai se tornar um poeta lido.