diante do letreiro do cinema chinês
sua grafia com bordas espessas
ponderando a linearidade dos temas
que seus signos resgatam.
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fuma seus últimos três cigarros
tempo suficiente para que o bebê cesse o choro
e a vida volte a rodar.
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a abelha pousa no palco
coberta pela anedota dos gatinhos e
suas damas
no tratar com as garras.
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a criança dorme no cinema vazio
a placa na bilheteria anuncia “sessão lotada”
o casal que goza de sua juventude pára
ao choro da moça
que questiona
se colorido ou
preto-e-branco
o filme deixado sem fim.
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Joana D’Arc expressa emoção
na tela virgem
e a v-ida se faz
é vi-vida.
2 comentários:
meu filho, escrevendo cada vez melhor...
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